TEC

Teatro Experimental de Cascais

O BEIJO DE JUDAS

de David Hare

TEC Teatro Experimental de Cascais
160ª produção | 2019

O BEIJO DE JUDAS
de David Hare
tradução | dramaturgia Graça P. Corrêa 

encenação Carlos Avilez
cenografia | figurinos Fernando Alvarez
direcção de montagem Manuel Amorim
contra-regra | montagem Rui Casares
desenho som surround | operação de som Hugo Neves Reis
assistência de ensaios | operação de luz Jorge Saraiva
assistência de encenação Rodrigo Aleixo
execução de figurinos Rosário Balbi
costura Conceição Peixoto, Fátima Figueiredo, Luísa Nogueira, Palmira Abrantes
costura de cortinas de cena Anabela Costa 
fotografias de cena Ricardo Rodrigues
registo vídeo do espectáculo MiguelÂngelo Audiovisuais
produção | comunicação Paula Fernandes
produção executiva Raul Ribeiro
secretariado | comunicação Maria Marques
contabilidade Ana Landeiroto
manutenção de guarda-roupa Clarisse Ribeiro
bilheteira Sheila Madeira
assistência ao espectáculo Beatriz Alencar, Leandro Paulín, Marco Sá Pedroso

interpretação Joana Bernardo, João Gaspar, Miguel Amorim, Renato Godinho, Rodrigo Paganelli, Sérgio Silva, Tadeu Faustino

distribuição

Phoebe Joana Bernardo
Arthur Miguel Amorim
Moffatt Sérgio Silva
Robert Ross Tadeu Faustino
Alfred Douglas João Gaspar
Oscar Wilde Renato Godinho
Galileo Rodrigo Paganelli

Escrita em 1998 pelo famoso dramaturgo britânico David Hare, a peça "Judas Kiss" ou "O Beijo de Judas" retrata dois momentos fundamentais na vida trágica do dramaturgo, romancista e crítico de arte, Oscar Wilde: o dia em que Wilde, após ter tomado conhecimento do veredicto de culpado por indecência flagrante e sentença a dois anos de prisão, mesmo assim decidiu não fugir de Inglaterra e consequentemente foi detido; e a noite, dois anos depois da pena cumprida e já em Itália, em que o seu amante (Lord Alfred Douglas ou Bosie), por quem Wilde tudo arriscou, acaba por o trair.

Trata-se de um texto comovente e infundido de indignação perante as consequências terríveis de uma posição ética intransigente - por parte de Oscar Wilde - num mundo social e íntimo marcado pelo medo e pela conformidade. De forma brilhante, a personagem de Oscar Wilde que nos surge retratada por Hare é multifacetada: alguém que tanto pode ser admirado pela sua integridade e convicção moral, como também lamentado pela sua tendência para a autodestruição.

David Hare é um dramaturgo britânico contemporâneo dos mais conhecidos, traduzidos e encenados internacionalmente. A sua obra é vasta e de enorme valor dramatúrgico, sendo composta por mais de três dezenas de peças de teatro e vários guiões cinematográficos, na sua maior parte de estética realista.

Em "O Beijo de Judas", o dramaturgo explora dois incidentes na vida de Oscar Wilde dos quais pouco sabemos, para criar um texto cujo verdadeiro tema é o amor e a traição. A peça foi pela primeira vez produzida pelo Almeida Theatre, estreando-se no Playhouse Theatre de Londres, em Março de 1998.

O contexto da peça

Em 1895, o Marquês de Queensberry - encolerizado pelos boatos sobre a relação amorosa do seu filho Lord Alfred Douglas com o dramaturgo irlandês Oscar Wilde - entrou no clube que Wilde habitualmente frequentava e deixou-lhe um recado escrito, acusando-o de ser sodomita. Quando Wilde decidiu responder a este desafio, através de um processo criminal por difamação contra Queensberry, o Marquês retaliou com uma lista de jovens dispostos a testemunhar contra Wilde, os quais mandou procurar por toda a cidade de Londres. Apesar de ter conhecimento desta lista comprometedora, Wilde insistiu no seu caso contra o Marquês. Dois dias depois do seu processo de difamação ter sido rejeitado, o próprio Wilde tornou-se réu de um processo público de acusação, nos termos da Secção 11 do Acto de Emenda à Lei Criminal de 1886, o qual considerava uma ofensa criminal todos os "actos de indecência flagrante com outras pessoas do sexo masculino". A 19 de maio de 1897, Wilde foi libertado após dois anos na prisão. Partiu imediatamente para o estrangeiro e nunca mais voltou a Inglaterra até à sua morte, que ocorreu em 1900.

Graça P. Corrêa 

M/16 anos 
duração: 150 min. com intervalo


27 MAR. a 05 MAI. 2019
Qua. a Sáb. 21h00 | Dom. 16h00

Teatro Municipal Mirita Casimiro
Av. Fausto de Figueiredo, Estoril 


info e reservas: acontecenotec@gmail.com | (+351) 214 670 320 
bilhetes à venda também em lojas FNAC e TICKETLINE

preços

normal

12,50€

desconto >65 e profissionais de espectáculo

7,50€

desconto estudantes de artes

5,00€

mostra_M
27 ABRIL às 15h45

Pretende dar visibilidade a novos projectos preferencialmente a jovens artistas nas diferentes áreas como Música, Dança, Literatura, Cinema, Artes Plásticas entre outras.
Tem como objectivo criar Conferências para análise dos diversos autores que as peças propõem, por convidados das mais diversas áreas.

16h00 - Conferência / conversa sobre vida e obra de Oscar Wilde
participação:
Prof. Isabel Barbudo
Carlos Avilez
Graça P. Corrêa

duração 50 minutos

17h00 - Momento Músical - Aqui se apresenta um programa musical elaborado por Ana Ester Neves, de grande riqueza emocional, que visa ilustrar os dois momentos cruciais da vida sentimental de Oscar Wilde retratados na peça de David Hare, interpretados pelos músicos Maria Nascimento (flauta), Rita Mendes (flauta), Nuno Tanakovic (piano).

duração 50 minutos 


Conversas com o público
14 e 28 ABRIL às 19h00

No final do espectáculo O BEIJO DE JUDAS de David Hare, o público poderá colocar as suas questões à equipa. 

duração 30 minutos 

Fotografias
© Ricardo Rodrigues 


Materiais de Divulgação