TEC

Teatro Experimental de Cascais

ESOPAIDA ou VIDA DE ESOPO

 de António José da Silva (O Judeu)

TEC Teatro Experimental de Cascais  
1ª produção | 1965

ESOPAIDA ou VIDA DE ESOPO

de António José da Silva (O Judeu)
encenação Carlos Avilez
realização plástica Luís Pinto Coelho
música tocada ao vivo Carlos Paredes
luminotecnia Helder Duarte e Domingos Lourenço
sonoplastia Fernando Pires
contra-regra Alfredo Martinho
montagem Fausto de Abreu
ponto Joaquim Samora
maquinista Domingos Amaro
assistência de encenação Santos Silva
direcção de cena Carmen Gonzalez
instalação de som Fernando Dias
mestra de guarda-roupa Cândida de Lacerda

elenco António Rama, António Toppa, Armando Diniz, Carmen Gonzalez, Delfim Brás, Edmar Pires, Fernando Telles, João Moura, João Vasco, Jorge Rocha, José Cunha, Manuel Cavaco, Margarida Fragoso, Maria do Céu Guerra, Ricardo Fragoso, Santos Manuel, Santos Silva, Zita Duarte

Ante-estreia 12 de NOVEMBRO de 1965
Estreia 13 de NOVEMBRO de 1965
no Teatro Gil Vicente - Cascais


NOTÍCIAS

"(...) D. Palmira Bastos com as suas 91 primaveras, foi recebida ontem à noite em Cascais, no velho Teatro Gil Vicente, com uma estrondosa ovação do público que enchia a sala.
No final do espectáculo afirmou: "Manifesto o meu agrado pela acção deste jovem agrupamento.
Prevejo que vem trazer algo de novo. Talvez um sopro de "renovação" e de fé no destino do teatro português."
in "Diário de Notícias", 22 de Novembro de 1965

"(...) Não podemos deixar passar em silêncio o facto deste movimento que em Cascais se esboça, vir no futuro a constituir as verdadeiras raízes da renovação do teatro Português."
Tomás Ribas
in "Cascais e Os Seus Lugares"

"(...) O Teatro Experimental de Cascais vem dar ao teatro português um sinal de cultura, um sinal de audácia juvenil à arte maravilhosa chamada "Teatro". Esta "Esopaida" ou "Vida de Esopo", é um arrojo que a crítica e o público aplaudem. (...)"
Redondo Júnior
in "O Século"

"(...) é já conhecido o "estilo" de Carlos Avilez, um estilo que vive muito da improvisação, da inspiração repentista, e por um não formalismo que pode encontrar a sua explicação nas "Teorias de Artaud".
(...) Luís Pinto Coelho neste espectáculo, afirmou-se de um bom gosto e um requinte de concepção que auspiciam uma prometedora carreira de pintor.
As músicas tocadas ao vivo por Carlos Paredes são de grande beleza, realçando todo o sentido crítico do espectáculo, dando por vezes a sensação de um clima cinematográfico ao longo das cerca de quatro horas de espectáculo."
in "Diário de Lisboa"

"Na interpretação a mais difícil tarefa coube ao jovem actor João Vasco, recentemente formado pelo Conservatório Nacional de Teatro, que nos deu com a medida do seu entusiasmo e resistência, uma capacidade que o creditou para outras grandes tarefas.
Ainda no naipe masculino, Santos Manuel é impressionante ao criar um "Xanto" cheio de nuances de bem cuidada observação. No naipe feminino, Maria do Céu Guerra compõe magistralmente uma figura pícara e graciosa com talento a destacar. Outro tanto se passa com Zita Duarte que tem aqui a sua grande oportunidade aproveitada com inteligência, segurança e entusiasmo.
Carmen Gonzalez dá-nos uma "Eurípedes" de grande nível.
Manuel Cavaco e António Rama são primorosos no recorte dos seus personagens.
Margarida Fragoso, Armando Diniz, Ricardo Fragoso, Santos Silva, Delfim Brás, João Moura, Fernando Telles, Jorge Rocha, José Cunha e Edmar Pires, dão-nos com entusiasmo e entrega momentos de grande qualidade a este trabalho com a fantasia e o talento de Carlos Avilez."
Manuela de Azevedo
in "Diário de Notícias"

"Um movimento igual a Avignon surgiu em Cascais?
(...) A ante-estreia de gala conseguiu juntar ontem em Cascais, na estreia da jovem companhia, numeroso grupo de jornalistas, críticos de teatro, condessas, príncipes (Conde de Barcelona, Rei de Itália), intelectuais num clima de entusiasmo à volta deste acontecimento que terminou a hora bastante tardia.
(...) Vislumbra-se a esta jovem companhia, uma carreira que certamente virá a ser longa e importante nos destinos do teatro em Portugal."
Armando Ferreira 
in "Diário Popular"


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